segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quais as chances de existir vida no espaço?

Desde que os humanos perceberam a imensidão do Universo, intuímos que deveria existir vida em outro lugar, seja em nosso quintal galáctico ou em uma galáxia distante. Se o universo contém bilhões de galáxias, e se cada galáxia contém bilhões de estrelas, e se uma fração dessas estrelas forem planetas similares à Terra, então centenas – talvez milhares – de civilizações alienígenas devem existir no cosmos. Certo?

Em junho de 2008, astronômos europeus descobriram três enormes Terras orbitando ao redor do que pensavam ser uma estrela solitária. A descoberta reavivou a possibilidade de haver vida em algum lugar do Universo.

Por algum tempo, a ciência se contentou apenas com a lógica. Mas em 1995, os astrônomos localizaram os primeiros planetas fora do nosso Sistema Solar. Desde então, eles detectaram quase 300 desses planetas extrassolares. Embora grande parte sejam planetas quentes, similares a Júpiter (por isso são fáceis de localizar), planetas menores, parecidos com a Terra, começaram a se revelar. Em junho de 2008, astrônomos europeus encontraram três planetas, um pouco maiores do que a Terra, orbitando uma estrela a 42 anos-luz de distância [Fonte: Vastag].

Essas descobertas serviram como uma confirmação para as pessoas envolvidas no projeto científico internacional Busca por Inteligência Extraterrestre, ou SETI. Em 1996, o físico da Harvard e líder do SETI, Paul Horowitz, declarou corajosamentem em uma entrevista à revista TIME "Vida inteligente no Universo? Com certeza. Vida inteligente na nossa galáxia? É tão inegavelmente provável que eu poderia citar quase todo tipo de probabilidade".

Contudo, seu entusiasmo deve ter arrefecido com o que os cientistas chamam de Paradoxo de Fermi. Este paradoxo, enunciado pela primeira vez pelo físico nuclear Enrico Fermi em 1950, coloca as seguintes questões: se os extraterrestres são tão comuns, por que ainda não nos visitaram? Por que não se comunicaram conosco? E finalmente, por que nunca deixaram vestígios de sua existência, como calor, luz ou outro resíduo eletromagnético?

Talvez a vida extraterrestre não seja assim tão comum, afinal. Ou talvez a vida alienígena que permita o surgimento de civilizações avançadas não seja tão corriqueira. Se ao menos tivéssemos uma fórmula que incorporasse todas as variáveis certas relativas à vida em outros planetas. E se ao menos os astrônomos pudessem quantificar as probabilidades...

Na verdade, eles podem. Em 1961, para convocar a primeira conferência séria sobre a busca de vida extraterrestre, o radioastrônomo Frank Drake apresentou uma fórmula, hoje conhecida como Equação de Drake, que calcula o número potencial de civilizações inteligentes em nossa galáxia. A fórmula suscitou muita polêmica, sobretudo por levar a resultados variáveis muito amplos. Ainda assim, é uma das melhores formas de se quantificar quantos extraterrestres estariam tentando se comunicar conosco.
Fonte:http://discoverybrasil.uol.com.br/curiosidade/articulo1.shtml

Ianka

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